Friday, April 8, 2011

Dia 1: Leião - Asilah (Parte 1)

O amanhecer foi às 7h30 da manhã, com muito poucas horas de sono. Os preparativos extra viagem foram demasiados, quer para nós quer para o Massimo e a Sabrina, e já passavam das 3 da manhã quando conseguimos finalmente fazer as malas...

Mas lá estávamos, às 8 da manhã, preparados para sair. O conta-quilómetros da Varadero marcava 49773 km e nós tínhamos este sorriso:

A primeira paragem estava prevista para Évora, para um bom pequeno almoço. Seria aí também que iríamos abandonar a auto-estrada e seguir por estradas secundárias até Sevilha.

Na estação de serviço tivemos a primeira surpresa da viagem. O Massimo tinha adquirido os alforges no dia anterior, onde lhe garantiram que o forro térmico iria aguentar as temperaturas do escape sem problemas. O Massimo ainda foi mais cuidadoso e colocou umas folhas de alumínio entre o escape e o alforge.

Mesmo assim, o isolamento térmico derreteu e fez um bom buraco para o interior. Por sorte, a primeira coisa que encontrou no interior foi a toalha de banho, que foi a unica peça de roupa a queimar.

O fumo era ainda pequeno demais para que eu o notasse em andamento, mas se não tivéssemos parado decerto que teríamos tido ali um pequeno incêndio, e umas férias estragadas.

Decidimos rumar ao Bricomarché de Évora e improvisar. Foi tudo esgalhado na hora: concepção, design, montagem e afinação. O funcionário não era muito prestável, e metia sempre obstáculos, mas lá o convencemos a emprestar um serrote e a usar o berbequim.

E ficaram lindos, e com um ar deveras profissional!



Acabada esta obra de engenharia, tomámos o pequeno almoço por ali e lá nos metemos ao caminho.

Em Sevilha perdemo-nos do Massimo. Esta malta que arranca para Marrocos sem levar a porra de um GPS é tramada. Também não tínhamos mapa de Espanha, uma coisa que só nos lembrámos na véspera, pelo que o que nos guiava era um "print screen" do Google Maps. Nada detalhado, é claro, assim uma coisa que nos ia dando as orientações... Acontece que chegámos a Sevilha e apanhámos uma longa fila de transito em cima de uma ponte, devido a um acidente. A SLR era mais ágil no meio do carros que a Varadero carregada com as suas malas laterais, e uma placa meio amachucada enganou o Massimo.

Paragem forçada numa estação de serviço para reagrupamento.


E finalmente chegámos a Algeciras. Já contávamos com 600 Km em cima, mais coisa menos coisa, e o dia estava a terminar. Ao entrar em Espanha tínhamos também "perdido" uma hora, e só tínhamos lugar no último barco para Marrocos, que partia às 23h. Esperámos pelo barco a comer umas sandoscas.

Antes de partir para viagem, já tinha passado pela Caparica Peles para reclamar das luvas que perdiam tinta. Tentei explicar o meu problema, mas parece-me que não entenderam. Espero que esta foto os elucide e que finalmente me troquem as luvas.


Foi a ultima vez que calcei aquelas luvas, mas a tinta demorou dois dias a desaparecer! Fui gozado até mais não.

(continua)

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