Wednesday, April 13, 2011

Dia 6: do Todra a Merzouga (Parte 9)

Deixem-me relembrar a grandeza deste dia! Começámos por tomar o pequeno almoço num jardim, debaixo de umas árvores, calmamente, a usufruir a grandeza das gargantas do Todra. Seguimos por estradas sem ninguém, com aldeias pelo meio onde tudo se vendia ali mesmo no meio das ruas principais. Chegámos onde as estradas acabam e o deserto de areia começa. Parámos para descansar com um mergulho numa piscina de sonho num hotel paradisíaco. Antes do anoitecer marchámos para as dunas para um pôr-do-sol de sonho. E acabámos no meio de uma tempestade de areia.

Se não tivesse documentado tudo com fotografias, acredito que nesta altura só podiam estar a dizer que tenho uma grande imaginação.

Tenho pena que esta foto esteja tremida, mas é a única que tenho à porta do quarto, no 1º andar, depois de um bom duche quente, e que culmina o relato deste dia: o jantar.



E o Brahim lá estava, com a sua banda, a alegrar a coisa.


As pessoas nesta zona de Marrocos são impecáveis, muito amáveis, sempre dispostas para a brincadeira. Parece outro país.

O que ajudou imenso a acabar este excelente dia.

Preciso aqui de deixar um agradecimento muito especial ao Zé Paulo. Antes de partir para Marrocos, fiz um esquema da viagem que lhe passei para as mãos. O deserto da areia - as dunas - não estavam nesse nosso esquema e foi o Zé Paulo que chamou a atenção (passo a transcrever):

"(...) mas uma coisa que eu não deixaria de fazer, já que passam tão perto, era ir às dunas do Erg Chebbi (Merzouga). De Er Rachidia a Erfoud-Rissani/Merzouga é um tirinho e acho que vale bem a pena passar lá um dia/uma noite pela paisagem dunar e experiência do deserto."

Nós somos viajantes à deriva, não temos planos concretos de viagem, não temos hotéis marcados, acordamos sem saber onde vamos dormir no dia seguinte. Mas antes de partir delineamos um percurso e marcamos alguns locais que não queremos perder.
Pedir a opinião aos viajantes que antes de nós já lá passaram é algo que aconselho a qualquer um.

2 comments:

  1. Nós acreditávamos em ti, Artur, mesmo que não tivesses fotodocumentado tudo. ;) É verdade que há vários marroquinos. O árabe no norte e litoral norte, o berbere no atlas e uma mistura de berbere e sarauí no sul, perto das fronteiras. Os últimos também me deixaram uma impressão de candura, inocência e simpatia. A vossa reportagem tem coisas novas para mim: o meu turismo é muito mais pelintra do que o meu e só por vós sei o que há para lá dos muros dos hotéis. Quanto aos conselhos, é tão importante dar ouvidos a alguns como saber "desobedecer" a outros! :)

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  2. Queria dizer "o meu turismo é muito mais pelintra do que o VOSSO"...

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